terça-feira, 2 de agosto de 2011

POESIAS DO PADRE MANUEL ALBUQUERQUE

Prova infalível

Quando eu soltar meu último suspiro;
quando o meu corpo se tornar gelado,
e o meu olhar se apresentar vidrado,
e quiserdes saber se inda respiro,
eis o melhor processo que eu sugiro:
— Não coloqueis o espelho decantado
em frente ao meu nariz, mesmo encostado,
porque não falha a prova que eu prefiro:
— Fazei assim: — Por cima do meu peito.
do lado esquerdo, colocai a mão.
e procedei, seguros, deste jeito:
— Gritai “MARIA!” ao pé do meu ouvido,
e se não palpitar meu coração,
então é certo que eu terei morrido!
——————————————————–
 Do padre Manuel Albuquerque, poeta amazônico nascido no Amazonas (Manaus), em 1906.


Quando Deus fez Alenquer 
POEMA DE PE. MANUEL ALBUQUERQUE
Tu não terás na fronte recatada
Os diademas das pérolas de Ofir,
E nem verás na dextra calejada
Brilhantes de Golconda a reluzir...

Hás de saber que o brilho não é nada
E Eu não posso, Eu não quero permitir,
Que uma ilusão de traga fascinada,
Que um engano te possa seduzir...

Eu te farei discreta e pequenina
Que a Beleza consiste em ser menina
Nos encantando o olhar e o coração.

Alenquer!... Tua Glória de cidade
Há de ser o cultivo da Bondade
O supremo esplendor do teu brasão!...
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do Padre Manuel Albuquerque escreveu em 28 de agosto de 1956, enaltecendo Alenquer.




4 comentários:

  1. Muitas poesias lindas para o louvor de Deus.

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  2. Padre Manuel Albuquerque era amigo da família e meu padrinho de batismo.

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  3. PROVA INFALÍVEL – Noturno nº 2 – Wilson Fonseca – 1965
    Letra: Padre Manuel Albuquerque (Braga, Portugal, 1949).

    Em 8 de janeiro de 2002, realizou-se o Encontro com Maestro Isoca, no Art Doce Hall, com a presença do compositor, idealizado pela Profª. Glória Caputo e organizado por Vicente Malheiros da Fonseca, filho do compositor, com a participação de diversos intérpretes nacionais e estrangeiros, inclusive seus familiares, como sua irmã Maria Annita Fonseca de Campos (90 anos), seus filhos, netos e as sobrinhas-netas Andréa Campos (violino) e Tânia Campos (viola), integrantes de orquestras em São Paulo. Foi o último concerto, exclusivamente em sua homenagem, realizado em Belém, com a presença do Maestro Isoca (Wilson Fonseca). O evento foi registrado num CD, sob o mesmo título.

    O noturno “Prova Infalível” foi incluído no CD “Encontro com Maestro Isoca” (arranjo para Duo de Violino e Piano), lançado em 2002, sob os auspícios da Prefeitura Municipal de Belém (faixa 4). Intérpretes: Miguel Campos Neto (violino) e Adriana Azulay (piano). Miguel Campos Neto é o atual Maestro Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, em Belém (PA).

    Wilson Fonseca compôs centenas de músicas para poemas do Padre Manuel Albuquerque.
    O religioso e poeta Manuel Albuquerque também é meu parceiro musical, pois eu escrevi duas peças, em 2007, para poemas de sua lavra (que me foram gentilmente cedidos pelo Padre Sidney Canto, atual Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós – IHGTap, do qual tenho a honra de ser membro e para o qual compus um hino): “In Verbo Tuo...” (hino sacro) – Canto e Piano; e “Ser Mãe” (Valsa dos 90 Anos) – Canto e Piano, música dedicada à minha saudosa mãe Rosilda, que fizera 90 anos em 20.02.2008.

    Ouça a gravação, ao vivo, do último recital, em homenagem a Wilson Fonseca, ocorrido na capital paraense, em 08 de janeiro de 2002, organizado e produzido por seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca, com participação do Maestro e familiares, dois meses antes de seu falecimento, disco lançado na 2ª Bienal Internacional de Música de Belém, em 22 de setembro de 2002, pela Prefeitura Municipal de Belém, no Palco da Aldeia Cabana de Cultura Amazônica “David Miguel”. Intérpretes: Miguel Campos Neto (violino) e Adriana Azulay (piano). Miguel Campos Neto é o atual Maestro Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, em Belém (PA):

    https://soundcloud.com/vicente-malheiros-da-fonseca/prova-infalivel-noturno-n-2

    ...

    Abraços,

    Vicente Malheiros da Fonseca

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  4. O Saudoso padre Manuel Albuquerque era meu primo em segundo grau, primo legítimo de minha mãe Virginia de Albuquerque. Fomos visitá -lo na "casa de repouso no bairro do Caju, Rio de Janeiro onde ele era o capelão. Ficou contente com nossa visita com o mano Monsenhor Camilo que foi conosco. Dois anos depois ele faleceu.Grande poeta, apaixonado por Nossa Senhora para quem dedicou o livro de poemas Maria Minha Poesia. Emprestei para alguém que nunca me devolveu .

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